A felicidade é uma escolha?
- sergiotaldo
- 3 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Por Rosemary Lomelino, de Niterói/RJ.

Parcialmente, sim.
Temos potencial de interferir nela.
Sabemos que não existe fórmula mágica, tampouco pensamento positivo que leve à felicidade.

Existem sim, vários modelos científicos, que sustentam alguns caminhos que fomentam o bem-estar e a felicidade.
A ciência está aí mostrando que temos potencial de interferir na felicidade há mais de 20 anos, tanto a psicologia quanto as neurociências, mas não é só isso.
Podemos aprender?

Existem habilidades socioemocionais que, quando desenvolvidas, têm potencial - não é receita de bolo - de incrementar nossa percepção de felicidade.
A feliciência é o estudo da felicidade embasado na filosofia, neurociência, psicologia e economia .

Carla Furtado é fundadora do Instituto Feliciência e professora da PUC/RS.
Ela indica o PERMA - Positive emotion, Engagement, Relationships, Meaning, Achievement - que é um modelo do psicólogo americano Martin Seligman.
E a leitura de "Florescer", do referido psicólogo, que aborda a psicologia positiva.
A felicidade no trabalho, nas relações e na vida é uma busca diária e um treino intenso, ligada ao propósito e ao bem-estar.

É importante ter saúde emocional como prioridade, independente com quem estamos e para onde vamos.
Isso ajudará a encarar de frente vulnerabilidades, sem medo do julgamento e a pedir ajuda quando for necessário.
Com as redes sociais, a busca incessante pela felicidade foi intensificada.
Consumimos diariamente a“vida perfeita” do outro. É uma positividade tóxica.

Com a popularização dos influencers, tudo passa a ser monetizado, inclusive a felicidade.
E aí surgem problemas como ansiedade, depressão ,transtorno de imagem, anorexia, entre outros.
Sorrisos pasteurizados em fotos sob filtros, vozes cuidadosamente moduladas e falas que se assemelham a pregações são apenas artifícios: a vida de fachada e a venda de receitas mágicas.

A felicidade legitima é uma experiência intrínseca, e dispensa o reconhecimento de terceiros.
Precisamos sentir tristeza e ter dias ruins.
E na realidade mascarada pelas redes sociais, essas emoções negativas são bloqueadas.
Carla Furtado afirma: "A felicidade é diferente do que o senso comum diz".

Quando nós abordamos o tema via Psicologia Positiva, a felicidade não é uma emoção, e existe uma grande confusão entre felicidade e alegria.
A alegria todo mundo gosta de sentir, mas é uma emoção, como toda emoção, tem um ciclo de vida curto.
A felicidade para nós, pesquisadores da área, é um estado construído a partir de esforços e de condições adequadas.
Aristóteles dizia que: "A felicidade não é para os inertes, é para os ativos".

Felicidade é possível, dá trabalho e vale a pena.
Diferente do que vemos na ficção, a felicidade não pode surgir no final da história, mas ser uma constante que nos motiva a ter dias com mais qualidade e otimismo.
Sendo assim, se analisarmos todos os conceitos e ouvirmos todas as histórias sobre felicidade, ainda assim não poderíamos escrever uma receita de como ser feliz.
Cada ser humano é único, possui características e personalidade singulares, ou seja, mais do que buscar resposta, é preciso que cada um busque em si mesmo a própria felicidade.
Cada pessoa precisa identificar fatores, atitudes e comportamentos que contribuam para sua felicidade.

Por Rosemary Lomelino, de Niterói/RJ.
Amei