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A felicidade é uma escolha?

Por Rosemary Lomelino, de Niterói/RJ.



Parcialmente, sim.


Temos potencial de interferir nela.


Sabemos que não existe fórmula mágica, tampouco pensamento positivo que leve à felicidade.



Existem sim, vários modelos científicos, que sustentam alguns caminhos que fomentam o bem-estar e a felicidade.

 

A ciência está aí mostrando que temos potencial de interferir na felicidade há mais de 20 anos, tanto a psicologia quanto as neurociências, mas não é só isso.


Podemos aprender?



Existem habilidades socioemocionais que, quando desenvolvidas, têm potencial - não é receita de bolo - de incrementar nossa percepção de felicidade.

 

A feliciência é o estudo da felicidade embasado na filosofia, neurociência, psicologia e economia .



Carla Furtado é fundadora do Instituto Feliciência e professora da PUC/RS.


Ela indica o PERMA - Positive emotion, Engagement, Relationships, Meaning, Achievement - que é um modelo do psicólogo americano Martin Seligman.


E a leitura de "Florescer", do referido psicólogo, que aborda a psicologia positiva.


A felicidade no trabalho, nas relações e na vida é uma busca diária e um treino intenso, ligada ao propósito e ao bem-estar.



É importante ter saúde emocional como prioridade, independente com quem estamos e para onde vamos.


Isso ajudará a encarar de frente vulnerabilidades, sem medo do julgamento e a pedir ajuda quando for necessário.

 

Com as redes sociais, a busca incessante pela felicidade foi intensificada.


Consumimos diariamente a“vida perfeita”  do outro. É uma positividade tóxica.



Com a popularização dos influencers, tudo passa a ser monetizado, inclusive a felicidade.

  

E aí surgem problemas como ansiedade, depressão ,transtorno de imagem, anorexia, entre outros.


Sorrisos pasteurizados em fotos sob filtros, vozes cuidadosamente moduladas e falas que se assemelham a pregações são apenas artifícios: a vida de fachada e a venda de receitas mágicas.



A felicidade legitima é uma experiência intrínseca, e dispensa o reconhecimento de terceiros.


Precisamos sentir tristeza e ter dias ruins.


E na realidade mascarada pelas redes sociais, essas emoções negativas são bloqueadas.


Carla Furtado afirma: "A felicidade é diferente do que o senso comum diz".



Quando nós abordamos o tema via Psicologia Positiva, a felicidade não é uma emoção, e existe uma grande confusão entre felicidade e alegria.


A alegria todo mundo gosta de sentir, mas é uma emoção, como toda emoção, tem um ciclo de vida curto.


A felicidade para nós, pesquisadores da área, é um estado construído a partir de esforços e de condições adequadas.


Aristóteles dizia que: "A felicidade não é para os inertes, é para os ativos".



Felicidade é possível, dá trabalho e vale a pena.


Diferente do que vemos na ficção, a felicidade não pode surgir no final da história, mas ser uma constante que nos motiva a ter dias com mais qualidade e otimismo.

  

Sendo assim, se analisarmos todos os conceitos e ouvirmos todas as histórias sobre felicidade, ainda assim não poderíamos escrever uma receita de como ser feliz.


Cada ser humano é único, possui características e personalidade singulares, ou seja, mais do que buscar resposta, é preciso que cada um busque em si mesmo a própria felicidade.


Cada pessoa precisa identificar fatores, atitudes e comportamentos que contribuam para sua felicidade.


Por Rosemary Lomelino, de Niterói/RJ.

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Guest
Oct 04, 2024
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Amei

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